segunda-feira, 10 de abril de 2023

Abril, sempre abril

Antes de começar, tenho que dizer que isso começou de uma forma e se transformou em outra. Assim como todos os textos e poemas, na tentativa de não morrer sufocada. Escrevendo palavras que não fazem sentido pra ninguém, (ou talvez façam...)
Sobre ninguém além de tudo aqui dentro...sobre ideias criadas em cima de poemas nunca escritos, sobre palavras não ditas que matam todos os pensamentos, sempre em teorias de "e se?!"

Tenho borboletas mortas por dentro
Não se cria mais nenhum jardim aqui.
Ainda sim, levo flores pra te entregar
Mas ainda sim, o beija flor as vezes vem me visitar.
Busco algum lugar com grama pra deitar
Uma sombra, em baixo de uma árvore
Mas tá tudo tão deserto.
Crio forças pra te dar coragem
Tento de todas as formas manter a postura
Pra não perceberem que tudo aqui desfez.
De tudo que me resta, com um pulsar que não se aquieta, eu só te quero bem. 
E não sei como ainda consigo ter forças pra isso
Pra dizer tudo que digo.
E mesmo as vezes sem dizer nada,
Além de poucas palavras,
Desejando que seja feliz.
E se ainda existe um coração aqui
Ele só mantém lembranças
Enquanto meu corpo pede por descanso
E minha alma vaga na esperança de achar algum motivo pra não me deixar ir
Enquanto eu quero ir.
Sobre tantas pessoas
E tantos aprendizados
E quanto mais eu tento
Menos eu tenho. 
E nesse meio tempo,
Eu vou descobrindo,
Que nesse mundo, 
Meu tempo já está no fim. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Ainda não sei

 Não tinha nenhum "mas".


O tempo passou

Comigo, o vento ficou

Soprou

Mas não deixou como estava. 

Me fez perceber

Que me perdi na condução

Sem ritmo

Sem rumo

Sem saber a saída

Sem saber se existia alguma saída

Sem sequer saber o caminho,

Pra dizer a verdade. 


Um sorriso.

Um sorriso  no meio disso tudo

Que estava ali fazia um tempo

Mas eu não enxergava 


As vezes não vejo

Não percebo

Aquilo que está na minha frente

Bem na minha frente... 


Um vídeo

Pausa, respira.

Eu vi um milhão de vezes.

Um sentimento surgindo

E ali, naquela hora,

O "mas" que nunca existiu, virou um "Nossa!"

E eu me perdi de vez,

Numa confusão interna

Sem saber o que era

Sem saber o que é

Sem saber qual é

Sem saber o que significa

E SE, significa...


Uma mudança repentina 

Se mudou pra cá

Bem aqui no meu coração.

E tem espaço,

Eu deixo espaço!

Só não sei o que eu faço,

Se eu faço

Como reajo

Como eu fico

Se eu fico...

Ou se só entrego a chave

E que fique a vontade,

A casa é toda sua! 


Jan/Fev - 2023 


(Ps. Eu sei que não levo nada, eu sei que não vai dar em nada, e eu sei que não muda nada. Mas queria deixar registrado o sentimento desse dia.)



 

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Confusão particular

Me pede pra estar
Me pede pra ficar
Me pede pra ir
Me pede tempo

Não me pede 
E eu faço
Eu faço
Não quer
Não faço
Gostaria que tivesse feito

Confuso

Me deixa
Não me deixa
Me abraça
Não me abraça
Me trás pra perto
Me deixa ir
Não sei onde ir.

Me chama
Me encontra 
Me busca
Disfarça
No impulso
Não vem. 

Me manda embora
Ou me leva pra casa
Que casa?
Nos seus pensamentos. 

Me escuta
Me grita
Me ignora 
Me evita
Me empurra pra longe 
Se afasta 
Volta? 
Só quando quiser.

Seu tempo
Meu tempo
Sem tempo.
Ele passa 
Não passa
Escorre como água 
Voa com o vento
E não sabemos pra onde vai. 
Só vai.

Paro
Não paro
Estaciono
Espero
Sem pressa
Com pressa
Não entendo!

Nas estações correndo
Sempre sem tempo
Me escolhe em momentos
E é assim
Lembra de mim?!

Aqui e ali
Em todo lugar
Mesmo sem lugar
No mesmo lugar.

Julho de 2022 - acho que nunca escrevi algo tão real. 

sábado, 7 de maio de 2022

Palavras soltas

Nesse dia gelado,
Logo de manhã...
Fiquei pensando e repensando 
Tentando analisar qualquer coisa que fizesse sentido
Mas no final das contas, nada faz.

Sobre algumas palavras ditas ao vento.
Lançadas como flecha
Sem que perceba.

Pensei e repensei.
Sobre o sentido delas
Sobre quando ditas
Sobre quando ocultadas
Sobre quando silenciadas
Sobre quando gritadas
Sobre quando ditas em um momento de raiva
Em momentos de dor
Em momentos de frustações
Em momentos de alegria
Em momentos de nostalgia
Em momentos.
Palavras soltas....

Qual o real sentido?
Será que tudo isso, é isso mesmo? 
É aquilo que foi dito?
Porque dizem "o que a boca fala, o coração ta cheio"
Será que é isso mesmo?
O que eu sinto?
O que eu senti?
Qual é a verdade nisso tudo?
Eu nunca sei.
E também sei que nunca irei saber.
O que temos por dentro,
É só nosso.
Particular.
Só meu.
Só seu.
Segredos que nunca contamos a ninguém,
E não por falta de confiança,
Só porque são:
Confusos
Tristes
Pesados
Frios,
tão frio que congela tudo.
Ou quentes,
tão quentes, que sinto queimar todas as partes do meu ser.
Segredos que machucam
Que doem.
Que não queremos lembrar.
Tocar. 
Deixa eles ali, guardados na caixinha do esquecimento.

Mas penso sobre as palavras soltas
Que é sobre isso que eu vim falar.
Palavras soltas num dia frio.
É foda, né?!
Uma palavra dita, uma, pode fazer com que você sinta,
de verdade, com que você consiga sentir um soco no estomago,
tão forte, que fica sem ar.
Ou como uma bala atravessando o seu peito.
Como se queimasse tudo por dentro
E você só não se mexe.
Não fala.
Não consegue reagir.
E essas palavras soltas sempre vem em momentos que as coisas estão meio "altas"
Quando o clima esta frio
Pesado
Quando os sentimentos estão um pouco alterado.
Eu acho.
Sempre em momentos inoportunos.
De discussões,
Conversas mais serias.
Em momentos não tão legais.
Eu não gosto delas.
Algumas vezes, eu gosto, na verdade.
Mas a maioria são em momentos que sua cabeça gira e você fica se perguntando: porque?
Na verdade, eu acho que são palavras surpresas.
Palavras soltas surpresas.
Gostaria de saber,
Qual a verdade delas?
Qual a verdade, de verdade, e qual a origem delas?
E porque só ditas nesses momentos?
Por quanto tempo elas estão ali guardadas?
Quanto tempo elas estão ali, esperando para serem lançadas?
E porque, quando ditas, elas causam um estrago?
E outras vezes, elas não causam nenhum estrago?
No fundo, eu até sei, que são as pessoas que as lançam, que fazem essa diferença gigantesca.
Pessoas especificas.
Talvez, especiais.
Mas eu queria mesmo entender,
Porque algumas delas machucam, 
Se são só palavras?  

_

Eu sumo e desapareço daqui.
Volto sempre com a esperança de ser algo bom.
Mas tem sido anos complicados aqui dentro.
Eu tenho engatilhado na ponta da caneta mil textos,
Mas queria falar sobre algo que não fosse tão pesado.
Aparentemente. 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Entre os cacos de vidros.

Toda vez que você está por perto,

meu corpo enrijece,

meu estomago embrulha,

minha pele fica gelada,

e meu coração dispara.

E não, isso não é sobre uma coisa boa.

Você finge muito bem.

Tão educado, tão gentil, tão simpático. 

Eles não fazem ideia de quem você é de verdade.


Como um espirito maligno que tenta te levar para as trevas,

você é a própria ruina. 


Eu me culpo e me arrependo todos os dias da minha vida, 

de um dia ter confiado em você.

De deixar você entrar na minha vida.

Eu tento me recuperar todos os dias,

mas eu não tenho mais  brilho.

Eu não tenho mais cor.

Eu não tenho mais nada aqui dentro de mim. 

Você tirou tudo o que podia, tudo o que você conseguiu.

Você ainda tenta.

Você não me deixa viver.

Eu não sei mais quem eu sou.


Isso tudo é tão pesado.

Andando em cacos de vidros que estão em todos os lugares,

meus pés já não aguentam mais...

mas eu tenho que seguir, e eu tenho que ser forte.


E se um dia alguma acontecer,

saiba que eu nunca disse nada, (pra vocês que me querem bem),

porque eu não queria que ninguém se envolvesse e se machucasse.

Eu me envolvi, sou eu quem tenho que sofrer todas as consequências.


Eu espero que o universo me perdoe por desejar isso que tenho dentro de mim,

eu ainda não aprendi como se faz pra ter sentimentos bons, no meio de tudo isso.





segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Pensamentos altos que não deveriam ser ditos.

Chega a embrulhar o estomago.
Chega a dar um mal estar.
Chega a dar um tremor.

Não, isso não é bom.
Não aqui, não agora.

Não existe tempo o suficiente pra se arrepender,
eu não posso, eu não consigo voltar atrás.
Infelizmente.

Eu não entendo como deixei tudo isso acontecer, 
não sei em que momento eu perdi o controle,
o controle da minha própria vida.
O momento onde eu deixei de seu eu mesma. 

Eu nunca vou conseguir ter paz.
Ele sempre vai estar presente,
em todos os lugares.

Eu não sabia sobre isso,
não sabia exatamente o que era, ou sequer como era.
Não tinha ideia, até estar, e não conseguir sair.

Até eu descobrir, depois de muito tempo,
depois de conseguir sair com muito custo de todo aquele ciclo.

Os anos foram passando.
com novas informações sobre os tipos e como era.

Hoje eu sei, e sei que de todas as formas, tentaram me avisar,
tentaram me tirar.
Mas eu não conseguia. Eu não consegui.

Me desculpa, eu não conseguia sair.
E eu queria.
Eu juro que queria sair de tudo aquilo.
Eu ainda quero.
Eu ainda tento.
Mas parece que isso nunca vai parar.

E eu não quero envolver mais pessoas nisso.
Eu não quero.
Eu sei que nunca resolve, porque "aceitamos" isso,
nós sempre "aceitamos", aos olhos de todas as pessoas ao redor.

Eu tento seguir,
tem uns quatro anos, 
e nunca muda.
Sempre voltamos aos dias em que eu sou atormentada,
mesmo sem nem sequer estar comigo.

Se sente dono.
Se sente no poder.
Mas como você pode se sentir no poder, se sentir o dono,
de algo que não é seu? Que nunca foi? Que nunca será?

Eu to cansada. 
Eu to tão cansada..
Eu só queria seguir minha vida.
Queria poder esquecer e sumir com o dia em que aceitei estar com alguém.
Queria nunca ter estado.

E eu não estou. Mas parece que ainda estou.

Queria apagar.
Esquecer.

Tem dia que é osso.
Eu nem consigo mais escrever sobre as coisas.
Sobre as minhas coisas.

As vezes as palavras parecem ser bonitas, 
dita de uma forma onde parecia e parecem ser algo bom.
Mas tem que tentar ler pelas entrelinhas que existem.
Ou então, deixar que somente quem escreveu,
realmente entenda. 

Seguimos na tentativa.
Todos os dias.
Talvez um dia me entendam,
e eu conte que tudo foi um caos, 
bem mais do que parecia.










sábado, 16 de fevereiro de 2019

As vezes

As vezes parece que eu fui a única que não sai do lugar.
As vezes parece que só eu continuo aqui.
As vezes não consigo entender (sempre).
As vezes dói lembrar.
As vezes dói não saber, mas as vezes dói mais ainda ter a certeza.

O tempo parece não andar pra frente, pra mim. Toda vez que eu movimento pareço voltar atrás...e eu nunca encontro ninguém por lá.

Faz tempo que não consigo escrever.
Faz tempo que não consigo sair desse ciclo de "não sei o que".

As vezes você encontra motivos pra continuar e parece que finalmente as coisas irão melhorar, mas isso é só enquanto eu estou com a minha mãe e meus irmãos bem perto.
Quando o silêncio domina na noite, sozinha no quarto com os pensamentos fazendo festa...a situação muda.
Talvez você pense "e os amigos?", antes disso deixa eu terminar e dizer que não existe amigos. Eu pelo menos não tenho nenhum.
Talvez tenha chegado perto de ter alguns... um até cheguei a pensar que poderia finalmente ter um amigo, mas como sempre o meu tombo foi grande né.
Enfim...

As vezes a gente tem aquilo que as pessoas dizem "você tem tudo pra ser feliz"...mas só não conseguimos.
Porque?
Eu realmente não sei o porque!
As vezes, eu penso demais. Quase sempre na verdade. E isso me deixa um pouco (bastante) fora do ar.
Me faz perder o controle sobre tudo que tenho feito até hoje, e as vezes eu não quero continuar.
Não quero seguir.
Não quero acordar.
As vezes.
Mas no outro dia parece que as coisas já vão melhorar.
E no outro parece que tudo caiu, de novo.
É complicado.
Mas as vezes a gente consegue tentar de novo. E de novo.
As vezes não.
Hoje eu tentei de novo, mesmo estando num dia onde minha mente me sufoca.
Amanhã nós veremos como vai ser.