segunda-feira, 10 de abril de 2023

Abril, sempre abril

Antes de começar, tenho que dizer que isso começou de uma forma e se transformou em outra. Assim como todos os textos e poemas, na tentativa de não morrer sufocada. Escrevendo palavras que não fazem sentido pra ninguém, (ou talvez façam...)
Sobre ninguém além de tudo aqui dentro...sobre ideias criadas em cima de poemas nunca escritos, sobre palavras não ditas que matam todos os pensamentos, sempre em teorias de "e se?!"

Tenho borboletas mortas por dentro
Não se cria mais nenhum jardim aqui.
Ainda sim, levo flores pra te entregar
Mas ainda sim, o beija flor as vezes vem me visitar.
Busco algum lugar com grama pra deitar
Uma sombra, em baixo de uma árvore
Mas tá tudo tão deserto.
Crio forças pra te dar coragem
Tento de todas as formas manter a postura
Pra não perceberem que tudo aqui desfez.
De tudo que me resta, com um pulsar que não se aquieta, eu só te quero bem. 
E não sei como ainda consigo ter forças pra isso
Pra dizer tudo que digo.
E mesmo as vezes sem dizer nada,
Além de poucas palavras,
Desejando que seja feliz.
E se ainda existe um coração aqui
Ele só mantém lembranças
Enquanto meu corpo pede por descanso
E minha alma vaga na esperança de achar algum motivo pra não me deixar ir
Enquanto eu quero ir.
Sobre tantas pessoas
E tantos aprendizados
E quanto mais eu tento
Menos eu tenho. 
E nesse meio tempo,
Eu vou descobrindo,
Que nesse mundo, 
Meu tempo já está no fim. 

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